sábado, 26 de setembro de 2009

Pradarias Invisíveis

Pelo sonho caminham os peixes
O chão úmido refletia o sabor do abismo
O líquen respirando papoulas murchas

Seria a criança o limite da regalia?
Seria o carnaval a transparência dos tolos?
Viria a morte ao encontro do orgasmo?

Na geologia do pensamento há respostas
Contestadas pela célula morta
Deixadas de molho em mangue opaco
E esticadas para secar no trópico das bestas tinhosas



Onde se encaixam as pradarias invisíveis?
No mundo complexo dos cegos
Onde o âmago da vulva é tangível
E o concreto é feito de nuvens
Compartilhando o mesmo chão que os peixes
Sem tropeçar.


Daniel Monteiro