quinta-feira, 4 de outubro de 2012



Centeio de Ceres




No miolo seminal da primavera
Distribuem graças espíritos atentos
O arado revendo leguminosas
A germinar auguras terrenas

Mesquinhos celeiros romanos
Reféns políticos esfomeados
Não cidadão campina e faz comida
Lhe queimam ideias e a casa

Que colinas beges panecilhas!
A Deusa abençoa sem fim o campo
Alimento e dedicação lhe são fartas
Comendo porções de almas humanas

Permeia a terra de desejo
Ó Ceres nobilíssima Fonte!
Fértil é sua aura-semente
Idolatrada senhora Herbante!