quinta-feira, 26 de setembro de 2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Lição de casa
Pelas ondas da recepção escorre o entendimento. Do que ele é
feito poucos se aventuram a arriscar, uma vez absorvido fica a critério de cada
cérebro uma distinção. Se é certo ou errado o recebido, o inconsciente elege
intuição cerrada, veia isquêmica libertina.
Sujos são os homens com essa liderança quebrantada, anulada
com a própria ambição desumana numa cobradora imposição reservada. Avatares
sociais desnudam caráter, soerguem arquétipos babilônicos, mentem o conteúdo da
história. O que há? Há interesse, há ilusão, há o insolúvel.
O desconcerto todo reverbera indolente, renega os talentos
devidos, supera eleitas insígnias, degenera vontades espertas. Que fazer? Adiar
o devaneio, enxergar além do insípido, desestruturar o que é verídico. Esse é o
ato meticuloso, o cheiro do insosso, ensino que avalia a alma.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Labirinto sarcástico
Lágrimas irônicas descendentes
Nomes próprios do jargão
Turmalina rachada na faca
Silêncio cego indica a fonte
O quanto a contento me esgueiro
De fato é um jeito bailarino
Se o trajeto perseguido vem contido
Quieto desvencilho-me com talento
Dentro das risadas eu ouço erros
Excessos e hábitos volúveis
Inverdades ditas sem palavras
Contumaz e sórdido o efeito
Uma filha amante dos homens
Pede permissão à mãe para o sexo
Arquejando desejo latente nos olhos
Sorri com a mão indo ao negócio
Por este caminho que se trilha
Não é vista entrada nem saída
Indefinido e logaritmo é o meio
Pares ímpares revezam os sons
Sem respeito surgem curvas, becos
Desafiam lagartos do atormento
Uma incógnita quebra o laço letal
Faz emergir a vergonha e o medo
Alheio à vida é o objetivo dos convivas
Ambulantes mentes digeridas no infinito
O destino me parece sem remetente
Do caos foi costurado o labirinto.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
TINTURARIA UNIVERSO
Uma vez vi escrito num cabide de minha casa:
“tinturaria universo”
Mas não era um nome marcado à máquina
Estava em tinta azul escura
Que borrada era clara
Esquisito esse tal registro
Assim solto, singular inciso
Em um único cabide só
Do armário de meu irmão
O gancho era novo; com pouco pó
As letras vistas mal escritas
Dançavam tortas pela madeira
Como feitas por criançinhas
Mas esse escrito muito me enebulava
Porque tal título incompreendido
Num armário de minha casa?
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