segunda-feira, 8 de abril de 2013

Labirinto sarcástico



Lágrimas irônicas descendentes
Nomes próprios do jargão
Turmalina rachada na faca 
Silêncio cego indica a fonte

O quanto a contento me esgueiro
De fato é um jeito bailarino
Se o trajeto perseguido vem contido
Quieto desvencilho-me com talento

Dentro das risadas eu ouço erros
Excessos e hábitos volúveis
Inverdades ditas sem palavras
Contumaz e sórdido o efeito

Uma filha amante dos homens
Pede permissão à mãe para o sexo
Arquejando desejo latente nos olhos
Sorri com a mão indo ao negócio

Por este caminho que se trilha
Não é vista entrada nem saída
Indefinido e logaritmo é o meio
Pares ímpares revezam os sons

Sem respeito surgem curvas, becos
Desafiam lagartos do atormento
Uma incógnita quebra o laço letal
Faz emergir a vergonha e o medo

Alheio à vida é o objetivo dos convivas
Ambulantes mentes digeridas no infinito
O destino me parece sem remetente
Do caos foi costurado o labirinto.