segunda-feira, 13 de abril de 2015

O nome do vento

Neste inexato momento
será dito sobre tudo
Que está em
todos os espaços,
O gesto do
Tempo e,
o movimento dos atos.

Porque eis
o peso do oxigênio,
as naturais
substâncias,
A necessidade
interna do homem
E sua presença em
qualquer estância.

A leveza
e a força
Invariável vendaval,
como um
Assobio Grande.
E quer ser
Puro ,
Vitalício

Lá no alto  

Bem gelado
Um pouco rarefeito,
Mas Vivo
E de muito
Ar,
Feito.

Bem sentido
Num rosto,
Num
sopro,
Bom no corpo
todo,
Num cheiro rápido
que passa,
levado
ao ar livre.
O :
nome secreto
Mensageiro
Sempre inteiro
alheio,
sorrateiro,
pálido
transparente.

Não acaba
Oniprese
nte,
E
Im
possi
vel
Seguir,
Po
rque
até
as
pal
a
vras
o
ve
n
t
o

le
v

a




. (  p o n  t  o   )

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Arrocho sutil


Aglomerados de barracos
Implorando terra
Ricos podres
Sonegando tarifas-merreca

Nos anos gordos da privaticidade
O indivíduo era o lucro
Serviço estatal um esgoto
Os classudos só pondo no bolso

Do salário, dois terços tributados
Do consumo, metade ou mais
Posto no cofre-extorno
Do público serviço
Deslealdade desmedida
Da porca justiça
Uma procrastinação infinda.

No arrocho sutil
Quem aperta o cinto
É o pobre
O patrício aplica o ajuste fiscal

E a igualdade esmorece nos ossos.