quinta-feira, 29 de maio de 2014

Mandamento



Um não é bom
Assume ser desditoso
Ele nega e nega a tudo
Desmanda, desmente
Indocilmente

Num desmantelo de nervos
O zelo apalpa a bunda
Vergonhas sobem à cabeça
O nada não manda nada
Desmandando ordenamento

Privados sejam os desejos
Cativeiro de bocas inertes
Todas ações sem atos
Ordens ceifadas no ventre

E a hipocrisia delibera, avalia
Encerra o cárcere do desespero
Julga as ordens dos tolos
Mantém atado o tormento

Assim o desmando amamenta
Projeta a incerteza do mando
Desencanta a dúvida,
Devaneia.


segunda-feira, 19 de maio de 2014

A verdade imperecível

O cru em absoluto supetão
Verbo repleto de beleza
Limpa, em retilínea condução
Opalino prisma da certeza

Quando a verdade te disserem
Escute-a e ponha no corpo
Ouça as mentiras enfermas
E extirpe-as com gosto

A minha e a tua são factual
Nem meia, uma dose ou grito
A mesma condição e poder
Arbitrada agora, no íntimo

Transparente na fé do amor
Verossímil é sua natureza
Combate o mal com lisura
Pura e leal na existência

A verdade nunca apodrece
Inexorável vida, absoluta
Supera os termos dos homens
Invoca a suprema cura.

Ilhas Faroé