quinta-feira, 9 de abril de 2015

Arrocho sutil


Aglomerados de barracos
Implorando terra
Ricos podres
Sonegando tarifas-merreca

Nos anos gordos da privaticidade
O indivíduo era o lucro
Serviço estatal um esgoto
Os classudos só pondo no bolso

Do salário, dois terços tributados
Do consumo, metade ou mais
Posto no cofre-extorno
Do público serviço
Deslealdade desmedida
Da porca justiça
Uma procrastinação infinda.

No arrocho sutil
Quem aperta o cinto
É o pobre
O patrício aplica o ajuste fiscal

E a igualdade esmorece nos ossos.

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