quarta-feira, 19 de março de 2008

Abrasa a brasa do Brasil



Cansa o meu seio. Um alarde plasmático sussurra seus berros no gueto entrevado das grandes megalópoles. Uma sinfonia retumbante regenera o ventre da mãe gentil. Ó pátria fincada! Enterrada no néctar da brasilidade. Três cardumes enormes regem a mancha social. Os aprendizes, células produtoras da força, e uma dispensa de inutilizáveis. Suculentos são seus produtos. Um bagaço cultural é o seu sistema patriarcal. Hum!!
Enquanto caboclos chupam a manga no beiral do cerrado, retirantes zombeteiros esganiçam as traquéias em vão no semi-árido. Aberto o poção salubre, abrem-se mais outras covas rasas no marasmo. A cachaça do solo, rasgadeira e regojizada, desce estridente no intestino oco. E o humano pau-seco urina ácido e raspa o sebo do seroto.
Mequetrefes mostram todo seu futebol para os magnatas do velho mundo. Putas esforçadas são forçadas e liberar seu íntimo, e estão sempre machucadas com a teimosia de seus organismos em não perceberem o prazer, resguardando assim a lubrificação da mucosa. Seus ventres ardem como ardem também as caneliças futebolísticas. Nossos cérebros são patenteados pelo império.
Logo em berço vem o sambão na sua cadência, regurgitando rabos flácidos e glândulas mamárias de plástico. Afinal, o morro se orgulha de traficar o tóxico para o mundo, e o animal estrangeiro entorpecido pela bunda real logo se esculhamba todo na mão do trombada mor. Assim como o samba verdadeiro é o raiz, o crime impune é o brasileiro.
Assim as camadas vão se acomodando no seu saneamento primata, pois assim como em coração de mãe cabe mais um, em moradia sempre cabe mais uma família de ratos e uma perebinha infecciosa. Adiante! Caminhemos para mais um patrimônio tombado nacional, as árvores que mobíliam a casa e injetam energia na indústria. Quantas raízes haverão de tombar e quantos pistoleiros haverão de matar, pelo bem da extinção da Amazônia! Cu!
Animais subalternos e bestiais ainda enjaulam outros, muito mais belos e valiosos. Arara Azul e Mico-leão Dourado é o escambal! O que vale agora são as verdinhas monetárias, e não as cascas biodiversas da naturalidade.

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