sábado, 22 de agosto de 2015

Galope irreversível


Emparelhados descem os animais celestes
E anjos ataviados de vácuo e energia
A cortina é uma decisão sábia
Deixar entrar ou não a luz perene

É por um caminho sisudo que a glória vem
O fogo elaborado do perispírito
Calado quase cessa o julgamento externo
Falante trépido publica o pré-conceito interno

A opinião é uma anomalia assintomática
Carro-chefe da doutrina egóica
Conhece e descobre a inversão sofia
Sugere a si a receita da ilusão simplória

O tropeço põe-se dentro
A inexperiência leva a julgo
Se retira da matéria por um instante
Olha o presente arregalado à nossa volta

O movimento para algum lugar é inadiável
Por isso o galope é irreversível
Afivele a mente e massageie o coração
Vale tudo o ser sensível

Zela o mundo quem não vive em vão.

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